Músicos precisam estar atentos quanto à escolha da música na Santa Missa

Músicos precisam estar atentos quanto à escolha da música na Santa Missa

Muitos ministérios de música não se preparam antes, seja com ensaio, seja com oração; cantam músicas não litúrgicas e que não fazem referência ao Evangelho do dia

 

Igreja News e Guilherme Pires

 

A música católica jamais pode ser comparada às músicas seculares ou ainda às músicas protestantes. Ao compor uma música, por exemplo, isso também deve ser considerado, ainda mais quando essas serão cantadas nas Missas.

 

Diferente da realidade atual, as músicas a serem cantadas nas celebrações, devem obedecer alguns critérios, a começar pela liturgia.

Algumas perguntas podem ajudar o ministério de música na escolha. Começando pelo canto de entrada ao canto final.

 

Entrada

A primeira pergunta a ser feita é. O texto da música introduz o povo ao mistério do tempo? Ao longo do canto, há referência com a Liturgia da Palavra?

 

Ato Penitencial

De acordo com o Missal Romano, este canto é da assembleia, o solista irá apenas ‘provocar’ a comunidade a cantar.

O objetivo não é que seja algo repetitivo, mas de pedido de perdão e profundo recolhimento.

É importante que em algum momento durante a música, haja o ‘Kyrie Eleison’, ou o ‘Senhor tende piedade, Cristo tende piedade e Senhor tende piedade’ para finalizar.

Como em algumas paróquias essa regra não é seguida, cabe ao sacerdote ao término do canto, pronunciar esta fórmula antes da absolvição.

 

Glória

A música do Glória tem a finalidade de louvar a Deus pela vida, mas também pelo perdão recebido no ato penitencial.

É obrigação que a letra siga como está no Missal Romano.

Como no ato penitencial, o padre também pode rezar, caso o ministério de música não respeite a letra.

Não cantar por preguiça, como alguns músicos alegam, é preguiça, portanto, pecado.

 

Aclamação

A música que vai aclamar a Palavra de Deus deve ser cantado com ‘Aleluia’ e a antífona do Evangelho, somente na Quaresma não se deve cantar ‘Aleluia’, substitui-se então, por outro canto, mas que faça referência ao momento vivido pela Igreja.

 

Ofertório

Nesse momento é ofertado o Pão e Vinho, que serão transformados em Corpo e Sangue de Jesus.

Por isso, é importante que a letra faça menção ao pão e o vinho ofertado no Altar do Senhor.

Podendo também, falar da oferta da própria vida.

 

Santo (Sanctus)

Aqui toda a Igreja se une com os Anjos e Santos no Céu para cantar a Deus em uma só voz.

Por isso, obedece aos mesmos critérios de escolha como no ato penitencial e no hino de louvor.

A letra também deve ser idêntica como está no Missal Romano.

 

Cordeiro

Em algumas paróquias, em conformidade com o presidente da celebração, o ministério de música canta o ‘Cordeiro de Deus’.

Sendo assim, o ministério de música também deve cantar letras que não fogem do Missal Romano.

 

Canto de Comunhão

Sem fazer apologética à Teologia da Libertação, o cântico pode falar de partilha, pão e vinho.

Algumas músicas como ‘Cantando Glória’, do Anjos de Resgate, é o mais adequado.

 

Canto Final

No canto final o ministério de música pode colocar alguma música mariana ou ainda algum outro que faça referência ao Evangelho do Dia.

 

 

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